quarta-feira, 20 de junho de 2012

Os Outros Caras



Quem viu Martin Riggs & Roger Murtaugh e gostou certamente vai odiar este filme. Já quem é fã do Inspetor Lee & James Carter pode torcer um tanto o nariz por que em um certo momento do filme você se pergunta: “Como é que é?” . Difícil explicar o que essa dupla representa ou mesmo fazer comparação com qualquer outra. Nem Burnett & Lowrey, Tango & Cash, Kay & Jay ou mesmo Su Duncan & Tony Fait. Talvez, quem sabe... Trinity & Bambino.



Trailers, pôsteres e toda mídia relacionada chama a atenção pois compara-se uma dupla de garanhões combatentes do crime a uma outra composta por dois azarões. O fato é que muitas pessoas foram conferir graças a dois nomes: Samuel L. Jackson e Dwayne Johnson (The Rock). Resultado: muita gente putaça da vida!

Então vamos lá, e aqui HÁ SPOILERS 

A História:

Esta louca aventura nos convida a observar a uma dupla policial de NY em busca de respeito e fama. Opa, errado! A dupla o caramba! Apenas um deles realmente parece interessado nisso, pois o outro está muito contente com o serviço burocrático que desempenha de forma tradicionalmente segura. Quanto ao outro, este busca desesperadamente mudar sua realidade pois ele é tão durão quanto aquela dupla que arrebenta e manda na cidade.


As Novidades:

- O elenco é incrivelmente bom: você encontra um Michael Keaton (num papel inverossímel de capitão com dupla jornada de trabalho rs), S. L. Jackson & D. Johnson (surpreendendo terrivelmente como dois bastardões anti-heróis), Mark Wahlberg (cuspindo testosterona e fazendo cara de choro em boa parte do filme) e o patinho feio Will Ferrell (que na minha opinião particular é dono de atuações mais boçais do que caricatas em sua carreira, perdão fãs!)
- Eva Mendes é uma agradável visão para a homarada de plantão. E como estamos falando de uma comédia lá vai ela fazer par romântico apaixonadíssimo com o Sr. Ferrell.
- Ray Stevenson topou fazer um capanga de quinta mas seu rosto só me lembra uma coisa: guerreiro ou bárbaro coberto por peles e sentando a porrada em meio mundo! 


O que não mudou:

- Will Ferrell parece atrair o que é pastelão e com esse filme não foi diferente;
- Seguindo um padrão da “polícia nova iorquina” temos o capitão que segura as buchas e em algumas situações repassa, o policial em crise conjugal e um mundaréu de fraudes e sujeirada envolvendo gente importante pra mover a trama.

O que esperar:

- Apesar de parecer estar de marcação com o Ferrell eu admito que tive boa vontade com ele neste filme. Incrivelmente encaixou muito bem aquele perfil de cabelo “vou esperar crescer um pouco mais”, com a patética armação dos seus óculos, seu comportamento todo contido e digno do Sr. Flanders . Admito que gostei e dei algumas risadas boas em certos momentos;
- Algumas coisas totalmente non sense, como por exemplo cantiga de bar (em termos técnicos e musicais muito boa), mas com uma letra totalmente absurda ou mesmo um bando de mendigos sodomizadores de animais. Ah, e se em algum momento você retroceder pra procurar “os arbustos”  logo no início do filme não se preocupe: não foi o único! Até agora não entendi aquela saída de cena dos dois cops. 
- Uma crítica bem leve sobre a sociedade seja analisando a corporação policial, a política ou mesmo esquemas absurdos de lavagem de dinheiro e resgate legal de empresas totalmente comprometidas;
- Steve Coogan fazendo comentários engraçados e dando ares de pilantra do colarinho branco;
- Uma piadinha contada pelo personagem do Wahlberg para o de Ferrelll após os créditos xD


O que poderia ter sido diferente:

Francamente, difícil falar sobre isso. É uma coisa tão “solta, desvairada e descompromissada” que fica complicado pedir qualquer coisa diferente. Acho que cumpriu o que propôs, embora tenha se valido da imagem de dois nomes fortíssimos para que eles apareçam tão pouco. 

Opinião final:

É um filme divertido apesar de tudo, se você:
- Estiver de bom humor ou mesmo se ele for bastante peculiar;
- For fã de Ferrell ou Wahlberg;
- Gostar de máquinas de altas cilindradas que fazem manobras impossíveis (já que mesmo um Prius - carrinho “smart e não convencional” - desempenha um papel cômico e  tem seu charme).




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