domingo, 2 de dezembro de 2012

"Ubuntu"

Original aqui
Um antropólogo fez uma brincadeira com as crianças de uma tribo africana. Ele colocou um cesto cheio de frutas junto a uma árvore e disse para as crianças que a primeira que chegasse na árvore ganharia todas as frutas. Dado o sinal todas as
 crianças saíram ao mesmo tempo ... e de mãos dadas! Então sentaram-se juntas para aproveitar da recompensa. Quando o antropólogo perguntou porque elas haviam agido desta forma sabendo que uma entre elas poderia ter todos os frutos para si, eles responderam:

"Ubuntu, Como um de nós pode ser feliz se todos os outros estiverem tristes?" 


UBUNTU na cultura Xhosa significa: "Eu sou porque nós somos"


Verídico ou não, o senso de união e real noção do ser x sermos é tocante. 
Ato significativo, muito maior do que o esperado se um deles houvesse ganho a cesta e dividido com os demais, não é?

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Nokia X1-00 e o Desapego



Há exatamente uma semana estou sem celular. 
O aparelho (foto) havia sido dado como perdido, "passado pros cobre", "ido para a conta do abreu", "terra de são nunca", ou seja, prejuízo. 


Não é dos mais bonitos, tampouco cheio de funcionalidades e "perequetês" (isso ecziste?).
Mas é meu. Foi pago com o valor de uma rescisão sofrida e magra, daquelas que se recebe quando chuta o pau da barraca com o empregador. É, o famoso "pedi as contas". 

Escrevo este post apenas para deixar uma lição que aprendi: a do D.E.S.A.P.E.G.O. 

Quando notei a falta dele me ocorreram as seguintes certezas:

1) Se eu estivesse numa nebulosa de stress, totalmente entregue e absorta numa realidade que detestava e da qual não conseguia me livrar - dentro da minha penúltima colocação profissional - teria de certo surtado. Passaria mau, com direito a alterações de pressão, glicemia e quem sabe uma enxaqueca de brinde? 

2) Pensaria nestes "cem reais" perdidos pelos próximos quinze dias, quem sabe mais?

3) Me culparia mais e mais, ficando contra a minha própria essência, punindo-me e propiciando um ciclo vicioso que afetaria todos os meus níveis de relacionamento. Contaria nos dedos: hoje faz 30 dias, 31, 32... 


Chato né?
Muito. A "sorte" é que me livrei disso. 
E como recompensa, gosto de acreditar que a energia que move o mundo e o universo, a mesma que rege a minha vida premiou-me pelo bom comportamento. 

Eu o recuperei. 

"Mas peraí, quer dizer que a forma como você reagiu mudou o curso da história? Você tá é muito louca!!! O celular simplesmente migrou de  um lado para o outro de acordo com a sua reação? Não seja ridícula..." é o que você deve estar pensando.

Er, não. Não é isso o que quero dizer.  A minha crença é um pouco mais complexa do que isso. 

O celular ficou perdido, por dias, dentro do carro do meu pai - que dá carona para os amigos, colegas de trabalho e familiares - por isso de achar que ele ficou no "penhor do universo" e eu o recuperei através do meu desapego. 

A primeira coisa que pensei e comentei com duas das minhas maiores amigas foi:
"Assim como quando eu perco uma grana considerável e decido ficar tranquila, por que a minha tristeza é a alegria de quem encontra, espero que quem quer que esteja com esse aparelho faça bom uso dele". (E que melhor uso meu pai faria além de me devolver? XD)


Simples assim?
É. E foi de coração viu?!


Finalizando, eu penso que se tivesse me desesperado e dado-o como perdido DA FORMA ERRADA (vendo apenas o lado realista e pessimista da situação) eu poderia jamais tornar a saber seu paradeiro. Afinal, meu pai mesmo sequer sabia que o aparelho era meu, podia ter perguntado para uma outra pessoa que na pior das hipóteses se aproveitaria da situação.

Loucura? Devaneio? Desleixo?

Ah, que se dane. Eu quero - e fico - mesmo é o desapego...



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Natural...mente

Sempre olho para as árvores. Especialmente se estou andando sozinha, sem fones de ouvido ou grandes preocupações. 

E sempre penso no quanto sou feliz por apenas olhá-las. 
Esta imagem transmite um imenso bem estar que é meu, é seu e poderia ser de todos. 
Quem sabe? 


Fermento Químico e Biológico


Como caminho sob a bandeira do vegetarianismo, me pego costumeiramente fazendo alguns questionamentos e tendo algumas descobertas interessantes, desagradáveis ou mesmo surpreendentes.

Num destes meus devaneios descobri que... não tinha certeza da origem do fermento biológico.
"Argh! E se for de origem animal?"

Minha fase neurótica - aquela que todos os vegetarianos sofrem no início - já deu aquela boa encolhida, chegando quase a desaparecer. Contudo, é sempre bom estar consciente daquilo que ingerimos, e isso não se aplica apenas ao meu grupo e nossas restrições.

Encontrei um post super bacana que vale uma olhadela.


"Fermento químico X fermento biológico 

O fermento é um ingrediente muito utilizado 
na cozinha. Graças a ele, podemos provar alimentos macios, de digestão 
fácil e sabor agradável. 
Quando é adicionado à massa, ocorrem 
vários processos (químicos ou biológicos), que acabam produzindo 
compostos gasosos. 
Esses gases expandem a massa dos pães e
bolos e dão origem a pequenos buracos, que a torna macia."
... 

Na íntegra aqui!






segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Simplificar nunca foi tão necessário, e difícil

E não é?

Rubens Szpilman, "Design do Mar"


Artista plástico, design de acessórios e interiores, carioca naturalizado capixaba, trabalhos feitos em resina de poliéster. 

Este é Rubens Szpilman e alguns de seus feitos.

O destaque fica para a linha Dulcora, que lembra os drops (balas) de antigamente. Achei demais e foi o que me motivou a escrever esse post, em especial a mesinha de centro multicor. 


O site dele é o http://www.szpilman.ind.br/
Vale uma visita, ao menos para colher mais inspiração.



Linha Banho/Toilet 








Linha Cozinha/Sala de Jantar







Linha Moveleira











domingo, 30 de setembro de 2012

Mãe



:: 30/09/12 - Aniversário de Minha Mãe ::


Vermelho. Vermelho intenso. 
Unhas bem feitas. Quer sempre. 
Roupas extravagantes. A marca é indiferente. 
Perfumes marcantes. Dos que não incomodam.
Sapatos, sandálias, botas. Saltos.


Olhar para ela é sempre agradável.
Pequena, rosto bolachudo - que herdei - sempre preocupada com o look, parando de tempos em tempos - todos se estiver com tempo - em frente as vitrines. 90% das vezes, só pra admirar. Herdei isso também.

Seus gestos são contidos, aquele jeito bem educado e ao mesmo tempo carregado de ar decidido. Baianinha arretada, sangue quente, desce do salto na mesma facilidade com a qual sobe. Desde que isso realmente queira.

É orgulhosa de sua retidão de caráter, muitas vezes imperativo e até militarista demais. Não fica medindo palavras quando fora do sério e menos ainda pensa no impacto que elas terão em seu alvo. Melhor não cutucar.

Nega-me colo alegando que "já sou grande demais". Lá no fundo sei que deve ser apenas para que eu possa insistir e ficar bem pequena diante de seus olhos.

Levou-me para todo canto por alguns meses, cuidou-me por tantos anos e agora sou eu quem a quero cada vez mais perto. Casas separadas fazem alguns milagres.

Mas não todos!

Ontem fiquei de ir na dela fazer valer meus dotes "manicurísticos". Não deu.
Também não liguei pra avisar já que perdi no dia anterior o bendito celular.
No finalzinho da noite liguei, ela alfinetou-me, tirou o meu eixo do lugar... e ainda encerrou a ligação de modo bastante abrupto. (Errr... desligou na minha cara.)

Arretada, eu não disse?

Ao seu modo é uma leoa, mãe guerreira e ainda maior amiga, que não permite que falem um "cisco" de suas crias. Sejam elas eu, meu irmão, meu pai, as cachorras, o carro, a casa... e a lista segue infinita.

Há alguns anos ela vem buscando melhorias e qualidade de vida. "Vaso novo", sabe?
Tem conseguido e muito. Só que de sobressalto, muitas vezes, a velha natureza surge e o urro sai potente.

Não importa a crença na qual me apegue, no final sei que a escolhi e mesmo com todas as suas falhas não desejaria outra mãe neste mundo. Todos gostaríamos de mudar algumas coisas. Seja o modo de se relacionar ou mesmo as escolhas que elas fizeram em suas vidas e muitas vezes sequer nos afetam.

Ainda assim a escolho em cada dia e a amo mesmo quando lá vai ela "virada no sessenta". Não amamos só por que a pessoa merece. Ou só por que devemos isso a ela. É incondicional especialmente quando "somos feitos da mesma carne e do mesmo sangue".

Minha Alma nobre. Espirituosa. Cuidadora. Essência Feminina.
Minha primeira e maior amiga, daquelas com as quais se briga, estapeia e tudo na boa fica.
E riem por horas e dias, estáveis dentro de seu próprio jeito de amar.

Minha Rainha.
Amo muito você Maurina ♥